Durante muito tempo o clima Semi-árido foi à justificativa para o não desenvolvimento da região Nordeste, considerada inviável, por conta dos grandes períodos de seca. Essa condição climática foi utilizada também para o estabelecimento de uma cultura assistencialista e de dependências comunidades em relação ao poder público.
Durante todo o século XX, as medidas criadas pelos governos giraram em torno da EMERGENCIA e/ou do COMBATE.
Atrelada a essas políticas, se tem o fato da imagem que se cria sobre o Nordeste, como gente preguiçosa, analfabeta e sem potencial algum para produzir quaisquer mudanças ou desenvolvimento. Assim, as saídas sempre estiveram relacionadas a assistências, como as cestas básicas e a “oferta” da água pelo carro-pipa, sendo que este se tornou um instrumento eleitoreiro em muitas cidades e de manutenção da população, apesar delas suprir verdadeiramente suas necessidades. Enfim, essa política assistencialista só tem contribuído para uma dependência cada vez maior da população.
Nesse caso cabe a escola o papel de trazer à tona uma discussão historicamente negada, provocando uma analise profunda dos caminhos até então percorridos e decorridos de uma relação hostil com o meio ambiente, natural do semi-árido e da falta de habilidade d conhecimento humanos para lidar e conviver com as adversidades que são impostas por este ambiente.
É preciso abrir um diálogo sobre a função social da escola no Semi-árido, já que ela passa a assumir um propósito inédito na história da educação.
# Alunas do 9º ano “U” da Escola Estadual Amaro Cavalcanti
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