sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Comunidade de Gameleira mantém tradição Quilombola em São Tomé

Os negros antigamente eram trazidos para o Brasil a força. Eles eram escravizados e vendidos para os fazendeiros para trabalharem nas fazendas. E ao que tudo indica, em São Tomé tem uma comunidade que habita negros remanescentes dos refugiados.

A comunidade de Gameleira, localizada no município de São Tomé, por ser de difícil acesso, permitia o refugio dos negros no período da escravidão daqueles que corriam atrás do sonho idealizado por todos, a liberdade.

Os habitantes da comunidade de Gameleira sofrem diferentes tipos de preconceitos, as crianças, por exemplo, eram vitimas de preconceitos quando freqüentavam a sede da cidade.
Atualmente, a comunidade luta por melhorias como um telefone público comunitário, cestas básicas, arcas das letras, posto de saúde e uma Rádio Comunitária.

Um grupo de adolescentes fez o mapeamento indígena e quilombola da comunidade de Gameleira. Foram feitas várias entrevistas com pessoas da comunidade que falaram cada um da sua história. A primeira entrevista foi feita com Dona do Céu, filha do falecido dono do Boi de Reis da localidade, e ela contou um pouco da história e mostrou parte dos utensílios que ele usava quando era vivo e dançava o Boi de Reis.

Em seguida, os adolescentes entrevistaram o Senhor Zé Tatu, descendente de indígena, onde ele falou sobre os seus antecedentes familiares, que foram os fundadores da comunidade Chaves Bela.

Depois foi feita mais entrevista, essa com Dona Daci, onde ela fez um resgate das brincadeiras e brinquedos da sua época de criança, onde brincava de casinha, as bonecas eram de pano, e seus irmãos brincavam com os ossos de animais que para eles representava uma criação de gados. Ela também lembrou de quando brincava de cantigas de roda, como ciranda-cirandinha.

“As crianças de hoje são muito diferente se apegam muito a televisão”, disse Dona Daci.Foi entrevistado também o jovem Mesias, que é o representante de um grupo de jovens comunitários, onde desenvolveram um trabalho de fortalecimento comunitário e estão tentando resgatar a cultura do município, como a quadrilha, a música e o Boi de Reis.

Os costumes quilombolas são sempre vestuários compridos, de cor branca, lenços na cabeça, ou tocas coloridas, xale, e acessórios como brincos e colares.

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